sábado, 29 de março de 2014

APONTAMENTOS SOBRE O PAPADO Parte I

Mosaico retratando Jesus entregando a Chave da Igreja para  São Pedro
 junto Cúpula da Basílica São Pedro na Cidade do Vaticano - Roma - Itália
“O poder é dado a Pedro de modo singular, porque a sua dignidade é superior à de todos os que governam a Igreja.” (São leão Magno, Sec. V)

Prof. Pedro Maria da Cruz

É urgente a defesa do papado; sublime instituição formada por Nosso Senhor Jesus Cristo! Com efeito, o mundo hodierno (sempre mais relativista, secularizado e materialista) tende a desacreditar todo e qualquer arauto da realidade sobrenatural; quanto mais ao “Trono de São Pedro” em cujo campo gravitacional foi gerada uma verdadeira e gloriosa civilização de memória indelével e profética.
A sociedade contemporânea, fixada como está no extremo oposto da cristandade medieval, deseja, com a opulência faraônica do seu edifício, sufocar o que resta do teocentrismo católico. Qual o último bastião dos poucos “prédios góticos” que resistem entre escombros? A quem ainda voltam-se esperançosos aqueles que insistem em manter a Fé? Ninguém ignora ser à linhagem dos romanos pontífices; ela em cuja cátedra reina a verdade revelada.

São os sucessores de Pedro quem sustentam o essencial de tudo o que se deve crer; e assim o fazem por ordem de Nosso Senhor, no Pai, e conduzidos pelo Espírito. Ora, sendo deste modo, que louco ousaria colocar-se contra eles? Entretanto, há sempre quem o faça. Reconheçamos a confusão do mundo em que habitamos.

Todavia, mesmo em meio às oposições, muitas vezes cruéis, são os papas quem confirmam nossa fé. São eles quem, apesar de todas as adversidades, repetem com autoridade o que jamais deveria ser esquecido. São eles a rocha firme contra a qual todas as ondas se quebram e grandes navios se arrebentam.
Ali, à sombra de Pedro, encontramos abrigo seguro... Que tremam os inimigos da Igreja!
Taxamos de louco o tempo em que vivemos. Louco o bastante para desferir golpes de ódio contra a coluna e o sustentáculo da verdade. Mas, como não o chamaríamos assim? Afinal, o próprio Deus, quando não Lhe negam a existência, fica relegado a um plano inacessível e termina figurado como uma difusa energia impessoal, esotérica, ou mesmo, um mero antropomorfismo pedagógico-cultural.
Não é verdade que nosso tempo descarta a doutrina da mediação? O homem está entregue a si mesmo; ciência e tecnologia tornaram-se panacéia universal; e, por fim, um humanismo super-otimista acaba por convencer o mundo de que a técnica erguerá na terra um verdadeiro paraíso; onde todas as pessoas poderão viver, quiçá, para sempre...
Qual o papel da religião nesta atmosfera anti-católica? Ela é vista como mais um fenômeno de caráter puramente sociológico. É importante – dizem - desde que libertada de convicções ultrapassadas, obscurantistas, medievais e imperialistas. É preciso que arranquem de si as algemas do Dogma; pois, doutrinas imutáveis impedem a evolução das ideias à luz da ciência. Ela deve aceitar que é um instrumento a mais nas mãos do Estado, e que o Estado é a soma das vontades individuais ou pelo menos da vontade de uma maioria privilegiada.
Perceba o leitor que estamos perante uma visão totalmente intramundana da realidade; nesse contexto nada há de sobrenatural. Tudo se reduz ao cientificamente mensurável e aquilo que parece avançar para além da perspectiva imanente seria fruto de certa ignorância que o futuro – acredita-se –conseguirá inscrever nas dimensões do natural por hora desconhecida em suas fibras mais remotas.
Ou seja, dia virá em que todas as coisas serão explicadas plenamente por nossa inteligência; inclusive Deus...
Ora, o dia em que Deus se limitar às dimensões da racionalidade humana deixará de ser infinito; portanto, Deus... Então, não haverá mais um ser divino? Eis a questão!
É nessa altura do campeonato que a modernidade mostrará seu incrível caráter gnóstico-panteísta com magistral habilidade: Sim, há “deus”; porém, ele não está para além desse mundo, mas, de algum modo se confunde com a matéria; semelhante, digamos assim, à criança em gestação no útero materno.
A matéria, em certo momento, odiada, é trampolim inconsciente para a descoberta de si por parte do indivíduo; depois, essa mesma matéria, agora supervalorizada, é o laboratório de um espírito divinizado que transforma em ouro tudo o que toca. Ambos os processos - um pessimista, outro otimista - não se dão necessariamente na mesma ordem nem se privam de voltar e “re-voltar”, o quando seja possível ou conveniente, a julgar pelo desenrolar dos fatos.
É esse o esquema geral dos inimigos de Pedro: negam-lhe a origem divina por defender uma diferença essencial entre criador e criatura; para, finalmente, declararem-se a si mesmos “deuses” e senhores do trono de toda verdade. Dizendo de outro modo: armam-se contra Pedro; entretanto, seu objetivo não é destruir sua Cátedra, mas sentar-se orgulhosamente sobre ela.
Perguntemo-nos: o que é tudo isso que descrevemos de modo geral e incipiente com referência ao nosso tempo? É o Agnosticismo que avança impetuosa e inconfessadamente em meio aos homens arrastando-os a mais triste solidão, angústia e infelicidade. A negação do papado em sua realidade querida por Cristo só manifesta a ponta das garras de certo ateísmo prático escondido na maciez enganadora da pseudo-intelectualidade e ilustração que hoje é ovacionada. A negação do Trono de Pedro é semelhante à grande ferida, podre e fétida, que surge em um corpo doente desde muito, mas que infelizmente não foi tratado.
Após essa breve introdução, convidamos nossos leitores a estudar conosco os traços do papado presente na figura de Simão Pedro. As informações que tiraremos da Sagrada Escritura muito nos ajudarão a vislumbrar um pouco mais a grandeza vocacional dos papas, assim como o respeito e veneração a que nos convida. Que Nossa Senhora do Bom Conselho, infunda em nossos corações por sua intercessão o devido amor pela Cátedra de São Pedro, assim como por todos os seus sucessores.
Santíssima Virgem Maria, rogai por nós!

Referência Bibliográfica
DELLEGRAVE, Geraldo E. O papado é instituição divina. São Paulo: Loyola, 1986.
CRUZ, Prof. Pedro M. A verdadeira Igreja de Cristo. SSVM. 

terça-feira, 25 de março de 2014

ANUNCIAÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA

A Anunciação, por Fra Angélico.

Por Santo Afonso de Ligório


Ecce concipies in útero et paries filium, et vocabis nomen eius Iesum – “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus” (Lucas 1, 31)

Summario: Eis como Maria, enquanto na sua casa está suplicando a Deus pela vinda do Redentor, vê um anjo que a saúda e lhe anuncia ser ela mesma destinada para Mãe do Salvador. A humilde Virgenzinha, julgando-se nimiamente indigna de tamanha honra, fica toda perturbada; mas afinal dá o consentimento, e naquele mesmo instante o Verbo divino se tornou seu Filho. Ó grande Mãe de Deus, vós, tão privilegiada e tão humilde, nós tão pecadores e tão orgulhosos! Obtende-nos a santa humildade.

I. Querendo Deus enviar seu Filho para se fazer homem e assim remir o homem perdido, escolheu-lhe uma mãe virginal, entre todas as virgens a mais pura, a mais santa e a mais humilde. Enquanto Maria estava em sua pobre casa suplicando a Deus pela vinda do Redentor, eis que lhe aparece um anjo que a saúda e lhe diz: Ave gratia plena: Dominus tecum; benedicta tu in mulieribus² - “Ave, cheia de graça: o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres”. Que faz a humilde Virgenzinha ouvindo tão elogiosas palavras? Não se desvanece, mas cala-se perturbada, julgando-se indigna de tais louvores: Turbata est in sermone eius – “Turbou-se com as suas palavras”. – Ó Maria, vós tão humilde, e eu tão orgulhoso! Obtende-me a santa humildade.

Mas, ao menos aqueles louvores não fizeram surgir em Maria a ideia, que porventura fosse ela escolhida para Mãe do Redentor? Não, serviram tão somente para fazê-la entrar num grande temor, de modo que foi preciso que o anjo a animasse a não temer, porque tinha achado graça diante de Deus. E então anunciou-lhe que era escolhida para Mãe do Salvador do mundo: Ecce concipies in útero, et paries filium, et vocabis nomen eius Iesum – “Eis que conceberás, e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus”.

Ora, pois, assim lhe fala São Bernardo, porque tardais, ó Virgem santa, a dar consentimento? O Verbo Eterno espera-o para tomar a natureza humana e fazer-se vosso filho; também o esperamos nós, que estamos infelizmente condenados à morte eterna. Se consentirdes em ser Mãe do Redentor, todos nós seremos livres da morte eterna. Respondei, Senhora, depressa: não retardeis mais a salvação do mundo, que agora depende do vosso consentimento. Mas felizmente, eis que Maria já responde ao anjo: Ecce ancilla Domini, Fiat mihi secundum verbum tuum. – Eis aqui, diz a Virgem, eis aqui a escrava do Senhor, obrigada a fazer o que seu Senhor ordena. Se ele escolhe uma escrava para sua mãe, não se louve a escrava, mas unicamente a bondade do Senhor, que se digna honrá-la assim. – Ó bem aventurada Virgem Maria, quanto soubestes agradar e ainda agradais a vosso Deus! Tende piedade de mim!

II. Ó Virgem imaculada e santa, das criaturas a mais humilde e maior diante de Deus! Éreis bem pequena a vosso próprios olhos, mas ao s olhos de vosso Senhor éreis tão grande, que ele vos elevou a ponto de vos escolher para sua mãe. Dou graças a Deus por vos ter elevado tão alto, e me regozijo convosco ao ver-vos tão unida a Deus, que mais o não podia ser uma simples criatura. Vendo que juntais tamanha humildade a tantas perfeições, envergonho-me de aparecer diante de vós, orgulhoso como sou, não obstante tantos pecados. Mas, miserável como sou, quero saudar-vos.

Ave Maria, gratia plena: Vós sois cheia de graça, obtende-me uma parte dela. Dominus tecum: O Senhor foi sempre convosco, desde o primeiro instante da vossa existência, mas a vós se uniu muito mais estreitamente fazendo-se vosso filho. Benedicta tu in mulieribus: Ó mulher bendita entre todas as mulheres, obtende-nos também as divinas bênçãos. Et benedictus fructus ventris tui: Ó feliz planta, que destes ao mundo tão nobre e santo fruto!

Santo Afonso Maria de Ligório
Sancta Maria, Mater Dei: Ó Maria, reconheço que sois verdadeiramente Mãe de Deus, e em defesa desta verdade pronto estou a dar mil vezes a minha vida. Ora pro nobis peccatoribus: Se sois Mãe de Deus, sois também Mãe de nossa salvação, Mãe dos pobres pecadores, porque, para salvar os pecadores, é que Deus se fez homem, e se ele vos fez sua Mãe, é para que vossas orações tenham virtude de salvar qualquer pecador. Rogai então por nós, ó Maria – Nunc et in hora mortis nostrae. Rogai sempre: rogai agora que estamos expostos a mil tentações e perigos de perder a Deus; mas rogai sobretudo na hora de nossa morte, afim de que, salvos pelos merecimentos de Jesus Cristo e por vossa intercessão, possamos ir saudar-vos e louvar a vosso divino Filho e a vós, no céu, durante toda a eternidade.

“Ó Deus, que mediante a embaixada do anjo quisestes que vosso Verbo tomasse carne no seio da Bem Aventurada Virgem Maria: concedei-me que, assim como o venero como a verdadeira Mãe de Deus, seja ajudado pela sua intercessão junto a vós.” Fazei-o pelo amor do mesmo Jesus Cristo.


MARIA SEMPRE!

quarta-feira, 19 de março de 2014

SOLENIDADE DO GLORIOSO SÃO JOSÉ


Canto popular a são José

Vinde alegres cantemos,
A Deus demos louvor.
E ao Pai exaltemos,
Sempre com mais fervor.
São José a vós nosso amor,
Sede nosso bom protetor,
Aumentai o nosso fervor. (...)

Por Lucas Silva



O esposo castíssimo da Virgem Maria e pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Glorioso São José, é venerado com o culto de protodulia pelos fiéis católicos. Ele recebeu o título de Patrono Universal da Igreja do Papa Pio XI.


Este virtuoso e santo varão foi escolhido por Deus para ser o marido da mais Santa das Mulheres, Maria Santíssima, pois ele era o mais santo de todos os homens. 

São Francisco de Sales (†1655), doutor da Igreja, diz: "São José ultrapassou, na pureza, os Anjos da mais alta hierarquia".

São Jerônimo (†420), doutor da Igreja, diz: “José mereceu o nome de “Justo”, porque possuía de modo perfeito todas as virtudes”.

Honremos a São José, ele que foi o guardião do Menino Deus e da Virgem foi obediente à voz de Deus, paciente nas perseguições e humilhações que sofrera e permaneceu na castidade perfeita.

Ele que é o terror dos demônios e o patrono da boa morte (pois morreu assistido por Jesus e Maria).
São José, patrono da boa Morte. Imagem em tamanho real atrás do
presbitério da igreja histórica de são José, Centro do Rio de Janeiro. 

Para inflamar em nossas almas o amor e devoção ao pai nutrício de Jesus vejamos o que diz Santa Teresa de Ávila:

“Tomei por advogado e senhor o glorioso São José, encomendando-me muito a ele. Vi com clareza que esse pai e senhor meu me salvou, fazendo mais do que eu podia pedir, tanto dessa necessidade como de outras maiores, referentes à honra e à perda da alma. Não me lembro até hoje de ter-lhe suplicado algo que ele não tenha feito. Espantam-me muito os grandes favores que Deus me concedeu através desse bem-aventurado Santo, e os perigos, tanto do corpo como da alma, de que me livrou. Se a outros santos o Senhor parece ter concedido a graça de socorrer numa dada necessidade, a esse Santo glorioso, a minha experiência mostra que Deus permite socorrer em todas, querendo dar a entender, que São José, por ter-Lhe sido submisso na terra, na qualidade de pai adotivo, tem no céu todos os seus pedidos atendidos. Quem não encontrar mestre que ensine a rezar tome por mestre esse glorioso Santo, e não errará no caminho.” (Livro da Vida. Capítulo 6, 6)


Neste tempo de provações, perseguições e dificuldades na Igreja, nesta sociedade decadente que perdeu a fé e pôs Deus de lado, recorramos ao poderoso patrocínio de São José, para que ele, o guardião do Cristo e o maior dos devotos da Santíssima Virgem nos auxilie e apresse o triunfo do Imaculado Coração de Maria.

Mãe do Bom Conselho, rogai por nós!

segunda-feira, 10 de março de 2014

NOVENA A SÃO JOSÉ



Aprender as virtudes de São José e alcançar graças por sua intercessão.


Oração preparatória para todos os dias:

Deus e Senhor meu, Uno e Trino, Pai, Filho e Espírito Santo, creio que estou em vossa soberana presença agora, quando pretendo consagrar a São José esta novena.

Adoro-Vos com todo o meu coração, porque sois infinitamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas.

Adoro-Vos com toda a intensidade de que sou capaz, e arrependo-me dos muitos pecados que fiz contra Vossa Divina Majestade.

Quero, nesta novena, aprender as virtudes que, com tanta perfeição, praticou o glorioso Patriarca São José, e alcançar, por sua intercessão, as graças de que tanto preciso. Senhor, quem sou eu para atrever-me a comparecer diante de Vossa presença?

Conheço a deficiência de meus méritos e a multidão de meus pecados, pelos quais não mereço ser ouvido em minhas orações; mas, o que não mereço merece-o o pai nutrício de Jesus; o que não posso ele pode. Venho, portanto, com toda a confiança, implorar a divina clemência, não fiado em minha fraqueza, mas no poder e valimento de São José. Amém.

† Meditação de cada dia da novena (abaixo).

† Oração final para todos os dias (após a meditação):

Lembrai-vos, ó puríssimo Esposo da Virgem Maria, ó meu doce Protetor São José, que jamais se ouviu dizer que alguém tivesse invocado vossa proteção, implorando vosso socorro e não fosse por vós consolado.

Com grande confiança, venho, à vossa presença, recomendar-me fervorosamente a vós. Não despreseis a minha súplica, ó pai adotivo do redentor, mas dignai-vos acolhê-la piedosamente. Assim seja.

ANT. – José, filho de Davi, não temas receber Maria, vossa Esposa Santíssima, em vossa companhia, porque o que ela leva em suas puríssimas entranhas é por obra do Espírito Santo.

V. Rogai por nós, José santíssimo.

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

† Oremos: Ó Jesus, que por uma inefável providência, vos dignastes escolher o bem-aventurado esposo de vossa Mãe Santíssima; concedei-nos que aquele mesmo que veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no Céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

† Primeiro dia

Dou graças à Santíssima Trindade, Santíssimo São José, pelos muitos privilégios, méritos e virtudes com que vos enriqueceu e, principalmente, pelo grande e singularíssimo mérito a poucos concedido, de ter sido santificado no ventre de vossa mãe e confirmado em graça. Que alegria para vosso coração ver-vos livre do pecado, que é a única coisa que desagrada a Deus Filho, que vos chamava de Pai! Que graças destes à Trindade Beatífica por esse tão assinalado privilégio! Eu vos felicito com todo o meu coração, pela inocência incomparável que tivestes desde antes de nascer e pela graça a amizade particular com que o mesmo Deus vos distinguiu.

Por esse privilégio e pela grande alegria que ele vos causou, suplico-vos, ó meu querido pai, que me alcanceis de Deus, um grande ódio ao pecado, grande amor às virtudes e à minha salvação eterna. E como creio que a graça que desejo conseguir nesta novena será benéfica à minha salvação, tenho inteira confiança de que a alcançareis por vossa poderosíssima intercessão; todavia, se minha oração não for bem dirigida, endireitai-a e rogai ao boníssimo Deus por mim. Amém.

† Segundo dia

Que felicidade a vossa, meu glorioso Protetor, serdes escolhido milagrosamente para esposo da Imaculada Maria.

Alegro-me convosco pela satisfação imensa que experimentastes, naquele dia feliz, quando associastes vossa sorte à da Mãe de Jesus Cristo. Que admiração vos teriam os Santos Anjos, por serdes o sustentáculo da mãe do Verbo encarnado, e por esse mesmo motivo também protetor do Filho de Deus!

Uno meus louvores aos que, nesse dia, vos dariam os Anjos do Céu e, de todo o meu coração, vos felicito por vos ter sido dada de presente a Rainha dos Anjos, e pelo zelo que se dedicou a vosso serviço. Que transbordante felicidade! Que maravilha terdes por companheira Aquela que trouxe o Filho de Deus em Seu seio sagrado!

Que felicidade terdes, para vosso consolo nas penas, a Consoladora dos aflitos, para conselheira nas dificuldades a sapientíssima Mãe de Jesus Cristo e para modelo nas virtudes, aquela que é o espelho sem mancha, da majestade divina e a imagem da bondade de Deus!

Por este favor e felicidade tão grandes peço-vos, poderosíssimo José, a amizade e a graça de Deus, e a proteção e amparo constantes de Maria Santíssima.

Interponde, ao mesmo tempo, vosso valimento com Jesus e com vossa santíssima esposa, para alcançar as graças particulares que, com esta novena, pretendo conseguir. Amém.

† Terceiro dia

Que pena tão amarga devíeis ter sentido em vosso coração, José gloriosíssimo, quando em vossa humildade julgastes dever separar-vos de vossa esposa Maria!

Separar-vos de Maria, que tanto amáveis e que correspondia a vosso amor com amor puro e sincero.

Confraternizo-me convosco, por aqueles momentos de sofrimento e por essa amarga provação que o Senhor vos permitiu! Por caridade, ficastes ao lado da Mãe do Unigênito Filho de Deus. Maria vos pertenceu e amou sempre no amor de Deus. Em Seu infinito poder, Deus fez nela maravilhas de Seu Divino Amor. Fostes a maior testemunha das grandiosidades operadas em Maria. Ela é o jardim de Deus e o paraíso onde o Filho de Deus tem seu receio, e vós José, fostes o Anjo da guarda dese jardim, o depositário desse eterno tesouro.

São José, aceitai sinceras felicitações pela parte ativa que Deus vos concedeu o mistério da Encarnação, e pela sujeição de Jesus e de Sua Santíssima Mãe às vossas ordens.

Por essa grande alegria e também pelos méritos da tristeza que a precedeu, suplico-vos, meu pai querido, que me alcanceis de Deus o conhecimento de Jesus Cristo e a graça de conservar uma fé tão viva em todos os seus mistérios, que esteja pronto a antes morrer que duvidar deles; alcançai-me, outrossim, a graça que, nesta novena, pretendo conseguir, se for para maior glória de Deus e bem de minha alma. Amém.

† Quarto dia

Esposo castíssimo da Mãe do Unigênito Filho de Deus, uno-me a vós na tristeza que experimentastes em Belém, quando lá chegando, depois de penosa viagem, vistes vossa venerada esposa Maria e o Salvador do mundo, que ela levava em suas entranhas, desconhecidos e repelidos de todas as casas e pousadas.

Ó meu querido José, como conhecestes então que o mundo não é amigo de Cristo, e que é impossível servir juntamente dois senhores tão inimigos e contrários!

Dai-me a Jesus, que tanta alegria vos causou em Seu nascimento. As vozes dos Anjos dizendo “Paz na Terra aos homens de boa vontade” são principalmente dirigidas a vós. Aceitai meus louvores pelo muito amor que Jesus vos manifestou, escolhendo-vos para Seu pai nutrício e para seu poderoso defensor e amparo.

Permiti-me, gloriosíssimo e poderosíssimo Santo, chegar aonde vós estais, perto de Jesus, contemplar Sua santidade divina e esplendor. Pedi a Jesus que Ele me dê as graças recebidas pelos pastores e reis que foram adora-lo no presépio; pedi-Lhe, também, as graças que desejo conseguir nesta novena, se forem para maior glória de Deus e salvação de minha alma. Amém.

† Quinto dia

Que grande dor sofrestes, nosso querido São José, quando vistes derramar-se o preciosíssimo sangue de Cristo na circuncisão! Por que teria, esse infante divino, de sofrer assim, poucos dias depois de ter nascido? Ah! Sendo Jesus a perfeição em pessoa, certamente que foi pelos nossos pecados, esse padecer.

São José, daí-me a conhecer o preço do sangue de Jesus, para que nunca deixe perder a menor gota; e que esse sangue, caindo abundantemente sobre minha alama, lave-me e purifique inteiramente. Permiti, São José, que, para eu conseguir graça tão importante, aproxime-me mais de vós para ouvir atento e obedecer aos ensinamentos do Divino Mestre e receber as bênçãos e graças que dele emanam e que, por bondade divina, passam por vossas sagradas mãos.

Vossas mãos sagradas amparam Jesus, o Salvador do mundo, que tira os pecados dos homens!

São José, que alegria a vossa, quando destes ao Salvador o nome de Jesus, sabendo que esse nome, a própria felicidade, é a chave que nos abre a porta do Céu!

Adorador de Cristo, consiga que ele seja para mim Jesus, isto é, meu salvador nesta vida e na eterna.

Pelo nome adorável, Jesus, peço-vos também as graças que desejo alcançar nesta novena, se forem para maior glória de Deus e para o bem de minha alma. Amém.

† Sexto dia

Ó meu boníssimo São José, protetor e amparo dos desvalidos! Por aquela alegria que experimentou o vosso coração, ouvindo os louvores que os doutores da lei fazem ao Cristo Menino, peço-vos que não vos esqueçais de mim, fazei que Jesus, meu Salvador, seja sempre para mim ocasião de ressurreição.

Confraternizo-me convosco, pacientíssimo José, pela ferida que em vosso coração fizeram as palavras do Santo Simeão, com que anunciara a Maria que uma espada de dor havia de atravessar Seu delicadíssimo e amorosíssimo coração.

Em tão tremenda ocasião para Maria, vós nem poderíeis remediar essas dores, nem ao menos ser testemunha de tão terrível padecer, para consolar vossa esposa com vossa presença humana na paixão de Cristo!

Eu, sim, posso e devo, com minha vida e bons costumes, consolar a Maria, porque culpado, por meus pecados, na morte de Jesus e nas dores de Maria, quero e devo evitar e reparar esses pecados.

Ajudai, José poderosíssimo, minha pobreza espiritual e poucas forças, alcançando-me de Nosso Senhor a graça de nunca ser, por minha culpa, causa das penas de Jesus e das dores de Maria. Alcançai-me, também, a graça que desejo conseguir rezando esta novena, se for para maior glória de Deus e salvação de minha alma. Amém.

† Sétimo dia

São José, permiti que, em espírito, eu vos acompanhe na viagem ao Egito, para admirar vossos sacrifícios e imitar vossas virtudes. Tudo fizestes para defender a Jesus de tantos perigos, e sobretudo da morte.

Que dor tão grande foi para vosso coração amante ver sofrer a Jesus e a Maria! Quanta sede devem ter sofrido no deserto os três peregrinos santíssimos!

Peço-vos humildemente que tireis de mim a sede dos prazeres mundanos, e dai-me a fome e sede de todas as virtudes, principalmente a humildade, a paciência, a mortificação, que a minha lama deseja ardentemente possuir.

Entristeçam-me as coisas que vos entristecem, amável São José, e saiba eu alegrar-me com as que vos causam alegria.

Experimente minha alma, conservando-se na graça de Deus, a mesma alegria que experimentou vosso delicado coração, quando afinal, depois dos transtornos de uma perigosa viagem por ermos desertos, vistes Jesus a salvo e Maria vossa amantíssima esposa segura no novo lar. Assim como vos alegrastes com a queda dos ídolos do Egito, alegra-se meu coração com a queda dos ídolos das afeições desregradas e das paixões desordenadas de modo que, em tudo e por tudo, agrade a Jesus, à Santíssima Mãe e a vós, meu amável José, que tanto gozais na glória de Deus. Alcançai-me também a graça que desejo conseguir nesta novena, se for para maior glória de Deus. Amém.

† Oitavo dia

Confraternizo-me convosco, terníssimo José, por causa das privações a que vistes sujeita vossa amada família, na terra de peregrinação, e pelo mesmo desterro tão meritório, sobretudo, para a Mãe do Filho de Deus.

Uno minhas lágrimas às que derramastes, em vosso coração,pela dureza do exílio, e por tudo que faltou a vós, a Maria e a Jesus, no Egito. Vossa família, que é a família de Deus, tão paciente, e eu me queixo de qualquer pequena e insignificante mortificação, ainda que necessária!

Ó meu querido José, pela alegria imensa que inundou vosso coração, quando Jesus, pela primeira vez, vos deu o doce nome de pai,e ela sujeição com que, pela primeira vez, vos prestou a homenagem de sua obediência, suplico-vos que me ensineis a obedecer aos meus superiores e a sofrer, com paciência e resignação, as provas que a divina Providência se dignar enviar-me, para purificar-me de meus pecados, ou para aumentar meus méritos.

Alcançai-me também, pela alegria com que voltastes do exílio para morar em Nazaré, a graça com que tanta humildade vos peço nesta novena, se não for em prejuízo de minha salvação. Amém.

† Nono dia

Ó José, chamado por Jesus com o nome de pai; que dor e tormento indizível seria para vosso coração amorosíssimo ter perdido Jesus com o qual estavam todas as afeições de vossa vida! Que grande aflição sentistes por não ter encontrado o menino Jesus entre parentes e conhecidos e por ninguém ter dado notícias dele.

Onde estaria Jesus? Como poderíeis viver, se Ele era a vossa alegria de viver? Vós perdestes a Jesus, sem culpa vossa, mas eu perdi-O muitas vezes por culpa própria, por causa de minha malícia e de meus pecados.

Fazei-me conhecer a Jesus e procura-Lo com perseverança, ensina-me a obedecê-Lo, ensina-me a adorá-Lo, custe o que custar. Consiga-me a graça de que, de hoje em diante, nunca mais eu o perca pelo pecado e que se por infelicidade eu venha a perdê-Lo, nunca tenha sossego até que o encontre novamente, pela divina graça.

Peço-vos esta graça, pela alegria inefável que experimentastes achando a Jesus no templo, ensinando, como Mestre Divino, aos doutores da lei e causando-lhes encanto e admiração com Suas perguntas e respostas.

Intercedei para que eu esteja sempre em união com Jesus e sua santa Igreja. Consegui que Jesus esteja sempre em meu coração, com sua divina caridade e que, no futuro, eu possa gozar de Sua visão e amizade no céu para sempre.

Alcançai-me também, as graças que vos tenho pedido, todos os dias, durante a novena. Tenho confiança de que, tudo que vos pedi, irei receber do amor de Deus, por vosso intermédio.

De agora em diante, com a graça divina, serei divulgador d poder que o Misericordiosíssimo Deus vos concede. Amém.

Pede-se agora a graça que necessita conseguir

Para melhor alcançar as graças pedidas, rezaremos sete Pai-nossos, sete Ave-Marias e sete Glórias ao Pai... em honra das alegrias e dores do glorioso Patriarca.

quarta-feira, 5 de março de 2014

RETIRO COM PE. HENRIQUE MUNAIZ


Nos dias 03 e 04 de março, alguns membros e amigos da Sociedade da Santíssima Virgem Maria – SSVM estiveram em retiro nas dependências da escola são Tiago Maior, residência de Pe. Henrique Munaiz, SJ.

Na ocasião, o sacerdote dirigiu aos presentes meditações adaptadas ao método inaciano para a ocasião dos dois dias. O encontro teve seu início com a Santa Missa no convento do Carmelo de Montes Claros-MG e, em seguida, o café da manhã na referida escola que fica nas imediações do mosteiro. 

Na pauta das meditações, leitura, silêncio, partilhas, oração do santo terço, convívio fraterno e reflexões sobre o autoconhecimento e o conhecimento da pessoa de Deus.  
                                              
                                        


No segundo dia, o início se deu novamente com a Santa Missa e o mesmo cronograma do dia anterior, tendo como temas das reflexões: o Chamado de Cristo na vida de cada um e a pessoa do mesmo: “Quem dizeis que eu sou?”; e de que forma temos respondido ao chamado de Cristo cotidianamente, na família, na sociedade e na Igreja. Com muita ênfase na oração e meditação como meios para chegar à contemplação e a necessidade da intimidade com Deus para se alcançar a santidade.


No agradável convívio com o piedoso e simpático sacerdote, muitas histórias de 50 anos de sacerdócio e fatos da vida dos santos foram contados.


Em suma, todos os presentes se sentiram fortalecidos espiritualmente com os ensinamentos que lhes foram transmitidos e meditados, pois, servirão para o resto de suas vidas.

Mãe do Bom Conselho, rogai por nós!