domingo, 29 de agosto de 2010

MEDITAÇÃO SOBRE A VIDA HUMANA




Por Escritos Católicos

“Esta é a vontade de Deus: vossa santificação.”[1]

 “Que é o homem para pensardes nele?”[2]

“Ele viu que tudo era muito bom.”[3]


Mais um túmulo.
Distribuídos ao redor, tantos outros.
Um corpo, dois corpos, três, quatro, cinco corpos...
Quantos seres humanos enterrados!
Silenciados pela morte.

Qualquer um que caminhasse por entre aquelas lápides, sentiria um “não sei o que” no mais íntimo do seu coração, algo indescritível, um sentimento de impotência perante a fugacidade da vida humana.

Para onde rumaram, quando em vida, aquelas criaturas?
O que buscaram?
É como aquele rapaz que, depois de haver passado anos a fio preparando-se para a riqueza, a fortuna, a fama... como se fora seu fim último, descobre que terá apenas três meses a mais sobre a face da terra.

De que lhe serviu tanto esforço?
O que lhe valerá agora todos os sacrifícios suportados?
Os que desconhecem o verdadeiro sentido da vida, correm o risco de perder-se no caminho da infelicidade, labirinto de ilusões.

Em relação ao infinito, esta vida presente, toda a história passada, e inclusive, o próprio futuro da humanidade ainda por vir, com todo o complexo de suas mais variadas realizações, tudo isso, é semelhante a um ponto ínfimo na  pequeníssima superfície dum minúsculo grão de areia.

O que é então o homem?
Se todo o universo - para usarmos de outra comparação - com todas as suas galáxias ainda não descobertas, perdidas na assombrosa imensidão do cosmo, ele, em comparação a um único “instante da eternidade”, caberia folgado na ponta irrisória, quase invisível, de um simples alfinete, o que pensar de nós, caro leitor, em relação à mesma eternidade? 

Bem se vê, que a grandeza do ser humano está  para além de onde comumente se tem procurado. Seu valor não se encontra na aparência ou tamanho físico. Afinal, olhando por este aspecto, o que é ele perante as imensas montanhas que nos cercam? A importância do indivíduo não se mede também pelo que possui material e economicamente. Acaso poderia subornar a morte na hora derradeira? Em relação à corporeidade bem que impressiona a complexidade do organismo humano, porém, ainda não está ai a nota singular a que pretendemos referir. Não! O que distingue o homem, de modo tão particular, é incomparavelmente superior a tudo isso. É, em certo sentido, imponderável. Quase que chega mesmo a nos parecer um deleitoso absurdo, se assim podemos nos expressar.

O ser humano é a imagem e a semelhança do próprio Deus. Partícipe, pelo batismo, da natureza divina, é filho, em Cristo, do Pai Celeste. Um portento, um estrondo magnificente da graça sobrenatural. Alegria dos anjos! Júbilo da Trindade!

O que podemos dizer a mais? As palavras nos faltam...
Na verdade, é impossível descreve-lo em toda a sua plenitude.  
Recordemos a criatura humana antes da água batismal: como é grande em seu chamado! Agora, porém, fitemo-lo redimido: como é retumbante, magnífico o seu estado! “De glória e honra o coroastes[4], cantara o rei Davi.

Grande por sua inteligência, grande pelo poder de sua vontade, ainda que degradadas pelo Pecado Original, o fato é, que o homem auxiliado pela divina graça, robustecido para além do que podia nos tempos de outrora, torna-se o terror dos demônios, um exímio construtor do reino prometido.

Muitos são os que perderam o sentido desta vida. Esqueceram-se de que, criados por Deus, devem a Ele retornar por um ato livre de sua vontade. Decepcionados consigo mesmos, por não vencerem seus tantos pecados, são, na verdade, escravos infelizes de vícios tenebrosos. Vivem entregues a quedas e ilusões. Ah, meu Deus, quem lhes dará o remédio devido? Quem apresentará aos homens a resposta para suas indagações? Bem escrevera o profeta Jeremias, que iriam viver confusos todos aqueles que Vos abandonassem.[5]

Eis, caríssimos, a resposta, tão simples quanto eficaz, a toda esta complicação: “Voltar-se para Cristo!” Confessar os próprios pecados; deixar-se salvar. Viver à luz do evangelho, implica ser tomado pela força extraordinária do divino Espírito Santo. É a graça, auxílio indispensável contra todo o pecado. Sem ela, quase nada podemos fazer...

Que esta singela reflexão possa fecundar em nossa alma a consciência da grandeza humana; assim como, das alturas a que fomos chamados.  Maria Santíssima, rogai por nós.



[1] I Tes. 4,3

[2] Sal. 8,5

[3] Gen. 1,31

[4] Sal. 8,5-7

[5] Jer. 17,13

domingo, 22 de agosto de 2010

E A DILMA CORREU! CLARO...



   Emissoras de televisão de inspiração católica (TV Canção Nova e a Rede Aparecida) promovem o primeiro debate com temas pertinentes à Igreja Católica como aborto, uso de células troncoembrionárias e utilização de símbolos religiosos em locais públicos. O debate acontece no dia 23/8 (Segunda-feira) às 22h, no auditório da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, e será transmitido ao vivo para todo o Brasil. O público estimado é de 100 milhões de pessoas. Brasileiros residentes em outros países poderão assistir através do portal da Canção Nova e por meio das emissoras da TVCN no exterior.

   “Nossa intenção é dar oportunidade ao telespectador de conhecer melhor cada candidato, suas ideias e soluções para nossa sociedade não apenas no âmbito católico, mas em relação a todas as demandas da sociedade”, analisa Ana Paula Guimarães, superintendente da TV Canção Nova.

   “cada vez mais os católicos estão interessados em refletir e contribuir com os rumos do país. Essa iniciativa da TV Canção Nova e da Rede Aparecida corrobora a ideia de que o católico tem interesse na reflexão e no conteúdo”.
(Debatedor - jornalista Martin Andrada, editor-chefe do telejornal Século News, da TV Século XXI)

"... o católico terá a oportunidade de comparar os candidatos e tomar a melhor decisão”

domingo, 8 de agosto de 2010

O BEM DAS SIMPLES OCUPAÇÕES

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Cristo abraçando san Bernardo, 
óleo de Francisco Ribalta.


  1.  Jesus Cristo. Filho, não podes conservar-te sempre no desejo fervoroso das virtudes, nem perseverar no mais alto grau da contemplação; porém é necessário, por causa da corrupção original, que desças algumas vezes às coisas inferiores e leves, ainda que te pese e enfastie, o fardo desta vida corruptível.
Enquanto viveres neste corpo mortal, sentirás tédio e angústias de coração. 
É necessário, pois, que, revestido de carne, gemas muitas vezes sob o peso da carne: porque não podes aplicar-te continuamente aos exercícios espirituais e à divina contemplação.

     2. Então te convém, procurar refúgio nas ocupações exteriores e humildes e distrair-te com boas obras; esperar com firme confiança minha vinda e celestial visita; sofrer com paciência o teu desterro e aridez de alma, até que eu venha de novo visitar-te e te livre de todas as tuas inquietações.
          Farte-ei à tua visita os prados das Escrituras, para que, com o coração dilatado, comeces a correr no caminho de meus mandamentos.
“Não tem proporção os sofrimentos da vida presente com a glória futura que em nós será manifestada” (Rom 8,18).

Fonte: Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - Pág. 168.
Paumape - São Paulo - Rio de Janeiro