Pirâmide de Tenochtitlán, erguida pelos Astecas. |
Os astecas (ou, mexicas, como se auto intitulavam; palavra que originou o termo mexicanos) formaram uma grande civilização mesoamericana e pré-colombiana. Seu maior desenvolvimento ocorrera principalmente entre os séculos XIV e XVI: por volta de 1428 d.C. já possuíam um império admirável! Em 1325 d.C. fundaram sua importante capital, Tenochtitlán; a qual, sabe-se, fora habitada por mais ou menos trezentas mil pessoas em 1519 d.C.
Para formarmos uma ideia mais clara da grandeza a que chegaram os astecas, recordemo-nos que no reinado de Montezuma II (1466-1520), durante o qual se iniciara a colonização espanhola, o império alcançara em torno de 500 cidades sob seu jugo. Porém, no ano 1521 Tenochtitlán (hoje chamada cidade do México) fora tomada pelos espanhóis após um sitio de setenta e cinco dias realizado pelas tropas de Hernán Cortés (1485-1547).Tais fatos marcam o fim do Império Asteca.
Povo de índole bélica e conquistadora, os mexicas são oriundos de uma nação maior: os nahuas (adoradores Huitzilopochtli - representado pelo Jaguar - deus sanguinário da guerra; também chamado Tizintuzumi pelos Michocas, subjugados pelos astecas). Historiadores defendem a ideia de que os astecas teriam invadido o México central aproveitando-se das contingencias de outra nação, admirável por sua arte e filosofia, a qual assimilaram: os toltecas (adoradores de Quetzalcoatl - serpente emplumada -, deus pacífico, da sabedoria, que favorecia a escrita e a ciência. A nível de curiosidade lembremos que entre os Maias, de influência tolteca, Quetzalcoatl aparece como Kukulkan, um deus civilizador).
“Alguns autores gostam de comparar os astecas aos romanos, e os toltecas aos gregos, devido ao fato de que os astecas souberam, como os romanos, pôr em movimento um grande poder político e administrativo, assimilando, porém, a cultura dos toltecas, que tinham vencido.” (PIAZZA, Waldomiro, 1991; p.195)
Representação das diversas divindade astecas |
À medida que os astecas avançavam em seu domínio sobre a região mesoamericana, iam assimilando muitos aspectos dos povos vencidos, o que os fez adoradores de muitos deuses. Por exemplo: 1 - Tlaloc e sua companheira Chalchiuhtlicu, deuses dos chimichica; 2 - XipeTopec, cultuado pela Tribo Yopi, em cujo culto o sacerdote se revestia da pele de uma vítima humana; 3 - Tezcatlipoca, que muitas vezes é identificado com o já citado Huitzilopochtli; 4 -Tonatiuh, o sol que faz o dia, o qual só pode continuar seu trajeto se lhe forem oferecidos sacrifícios humanos (como um dia - de acordo com o mito - os deuses tiveram de sacrificar-se para que Tonatiuh executasse seu percurso diário no céu); e, 5 - o próprio Quetzalcoatl, dos toltecas, como já o dissemos. Foi a crença dos astecas em Quetzalcoatl que gerou - devido a um de seus relatos míticos - o fato interessante que expomos a seguir:
Quando Hernán Cortés chegou a Tenochtitlan, a capital dos astecas em 1519, o então imperador Montezuma II achou que o espanhol e seus companheiros fossem mensageiros do deus Quetzacóalt, o qual havia prometido que retornaria algum dia de sua viagem feita pelo mar... Vamos ler o relato mitológico.
Ensinava-se entre os astecas que Quetzalcoatl:
“(...)veio do Oriente, era de pele branca e densa barba negra, testa alta e elevada estatura. Chegando à cidade chamada Tula, ai introduziu a cultura agrária, a arquitetura e uma religião de sentido monoteísta e de elevado humanismo. Como condenasse os sacrifícios humanos, foi combatido pelos sacerdotes do deus Tezcatlipoca, os quais, com seus estratagemas, conseguiram expulsá-lo de Tula. O mito diz que o próprio Tezcatlipoca desceu do céu por um fio de aranha, induziu Quetzalcoatl a olhar-se em seu espelho, que retratou a decadência do herói, e ministrou-lhe uma beberagem alucinante, em cujo estado Quetzalcoatl cometeu vários desatinos que o constrangeram a retirar-se de Tula. (...) Mas, uma lenda informa que, chegando ao golfo do México, meteu-se em uma jangada e perdeu-se no mar, tendo antes anunciado que voltaria com seus irmãos brancos para conquistar o México. Por isso, quando Cortez desembarcou no golfo do México, os nativos pensaram que se tratava do retorno de Quetzalcoatl, o que muito favoreceu a conquista do vasto império asteca.” (PIAZZA, Waldomiro, 1991; p.198-199)
São os caminhos da Providência...
Após a chegada dos espanhóis, milhares de nativos, tocados por evangelizadores cheios de
zelo e admirados pela extraordinária manifestação de Nossa Senhora (sob o título de Guadalupe), se converteram ao cristianismo. Nesse contexto a Igreja católica pôde espalhar a luz do evangelho por terras nunca dantes conhecidas. Sabemos, obviamente, de erros cometidos por muitos conquistadores; porém, preferimos tratar agora dos assuntos abordados acima, afim de enriquecer nossos leitores com informações, infelizmente, ocultadas, ou mesmo desconhecidas, por não poucos professores brasileiros.
zelo e admirados pela extraordinária manifestação de Nossa Senhora (sob o título de Guadalupe), se converteram ao cristianismo. Nesse contexto a Igreja católica pôde espalhar a luz do evangelho por terras nunca dantes conhecidas. Sabemos, obviamente, de erros cometidos por muitos conquistadores; porém, preferimos tratar agora dos assuntos abordados acima, afim de enriquecer nossos leitores com informações, infelizmente, ocultadas, ou mesmo desconhecidas, por não poucos professores brasileiros.
Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!
Referência: PIAZZA, Waldomiro. Religiões da Humanidade. São Paulo: Edições Loyola, 1991; p. 194-202.
MARIA SEMPRE!
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