Dom Manoel Pestana Filho (1928-2011) |
Prof. Pedro M. da Cruz
No dia 7 de maio de 2010, Dom Manoel Pestana Filho discursou no “The Fatima Challenge Conference”, Roma, onde fez interessantes comentários a respeito de temas da atualidade. Apresentaremos a seguir para informação de nossos leitores alguns trechos de seu discurso que têm causado muitos comentários:
Excelências, irmãos padres, religiosos e religiosas,
“Algo que me parece sempre incerto é a questão do Concílio Vaticano II. Na última sessão, da qual participei, uma comissão foi até a Irmã Lucia, em Coimbra, e eu lhe encaminhei uma pergunta por escrito. Minha pergunta foi a seguinte: o terceiro segredo de Fátima tem alguma relação com o Concílio Vaticano II? A Irmã Lucia respondeu — não a mim, mas a um padre que fora com a comissão — “não estou autorizada a responder esta pergunta”. Isso é muito interessante. [...] é um sinal de alguma reserva no terceiro segredo e esta reserva tinha alguma relação com o Concílio Vaticano II.
Estudo sobre perseguição à Igreja |
Mas, como reversas com o Concílio Vaticano II? Estudei aqui em Roma, estudei Teologia, e isso me impressionava muito[...]. E uma coisa interessante para mim era entender esta razão. E nesse meio tempo, soube que o Santo Padre Pio XI desejava reabrir o Concílio do Vaticano. O Cardeal Billot o advertiu: “Santidade, me parece que isso é um perigo, porque estamos no tempo dos modernistas e esses modernistas criaram muita confusão na Igreja. Se o concílio for aberto agora, todos estarão em condição de participar, porque muitos também eram hierarcas da Igreja e creio que isso seria uma magnífica confusão entre os teólogos, sacerdotes, religiosos e até o povo, porque todas estas questões que já haviam sido esclarecidas e algumas condenadas pela Igreja desde Pio X e também um pouco por Bento XV, estas questões estariam livres para discussão e creio que não seria bom para a comunicação e para a opinião católica”. Soube que o Papa levou em consideração o que havia dito o Cardeal Billot – o Cardeal Billot foi retirado do cardinalato alguns anos depois, mas esta é outra questão – mas o Papa teria dito sim, [o Cardeal] tem razão.”
“Mas retornemos. Seria possível que Nossa Senhora tivesse dito que não era de seu gosto, que não lhe agradava uma realização do Concílio? Eu não sei, mas se pode pensar. Com isso eu não quero dizer que o Concílio Vaticano não seja legítimo… e não seja também uma benção para a Igreja.
Não sei se vocês conhecem este livro de Brunero Gherardini, Concilio Vaticano II – Un discorso da fare – publicado pelos Franciscanos da Imaculada, aquela congregação fundada pelo padre Manelli, que é interessantíssimo… terrível este livro… mas mantém uma posição muito justa, muito bem fundamentada. Ele diz que no Concílio foram ditas muitas coisas que não são boas. Um comentarista francês dizia que era necessário distinguir aquilo que foi dito no Concílio, e foram ditas tantas coisas tolas, por exemplo, quando se discutia – e com todo respeito – a maternidade divina de Maria e também Maria mãe da Igreja; um bispo mexicano, Méndez Arceo, provocou risos, muitos risos, quando disse: “isso não me agrada, pois, se Maria é mãe da Igreja, e se a Igreja é nossa mãe, Maria não será nossa mãe, mas nossa avó”. Uma piada fora de lugar, mas, em suma, tudo era possível, e era uma Excelência que falava. E outras coisas que foram ditas; evidentemente, num ambiente de discussão, pode-se dizer tanta coisa tola [...] o delito que o homem usa e abusa de dizer o que pensa. Portanto, é necessário compreendê-lo.”
“Mas é ainda mais interessante que muitos daqueles que foram condenados por Pio XII – De Lubac, De Le Blond, Danielou, Congar, etc – eram homens do dia, atuais, durante o Concílio.”
“Mas, verdadeiramente, eu soube de uma coisa interessante: um professor da Universidade Gregoriana, que fora responsável pela comissão para os textos preliminares para o Concílio – Padre Tromp – um teólogo magnífico [...] eu perguntei como ele avaliava esta situação e ele me respondeu o seguinte: o Concílio foi um concílio bastante difícil, muito difícil, tanta energia desperdiçada, mas, em suma, uma coisa que se deve dizer é que o Concílio Vaticano II, com todas estas discussões, declarações, documentos, etc, etc, é também a indicação dada por João XXIII de ser um concílio pastoral. Até hoje não se compreende bem este sentido, sentido bem profundo de concílio pastoral. Mas sabemos que não era um concílio de definições, que terminava assim: “todos que disserem o contrário sejam anátemas, etc, etc,” como era praxe. Mas era um concílio que tratava questões católicas, religiosas e mesmo questões não religiosas, mas não concluía mais como os outros concílios, com condenações, excomunhões. Não era um concílio dogmático.”
“[...] João XXIII, vocês sabem disso, se amedrontou e disse: “sim sim, faremos um Concílio pastoral” Não há Constituições Dogmáticas num Concílio Pastoral. Faremos um Concílio para discutir as questões do momento, e não as questões de sempre, e dar a resposta convencida pela prudência e sabedoria evangélica.
O estudo feito por Gherardini considera todas essas questões e diz claramente: o Concílio é uma grande graça para o mundo, e também é este concílio, tantas coisas são ditas, mas não há nenhum peso dogmático. [...] Há coisas que podemos chamar de incertas… até alguns teólogos depois do Concílio Vaticano II disseram que a linguagem da teologia de hoje é uma linguagem de incertezas, não há nenhuma certeza em suas declarações.”
Nossa Senhora de Fátima (1917) |
Símbolo da Maçonaria |
“Creio que poderia dizer – digo como uma palavra minha — e suspeitar que o Concílio Vaticano II está relacionado [...] com o terceiro segredo de Fátima [...]”
Maria Santíssima, rogai por nós!
Os que quiserem ler o discurso publicado na íntegra poderão consultar o seguinte link: http://fratresinunum.com/2010/05/24/roma-discurso-de-dom-manoel-pestana-filho-bispo-emerito-de-anapolis-em-conferencia-sobre-fatima/
Um comentário:
MUITAS INFILTRAÇÕES DIABÓLICAS NO VATICANO II
Dom Pestana era um bispo muito correto, piedoso e de toda credibilidade. Ao final, dentre mais, muito inteligentemente deixou transparecer o que nós sabíamos há tempos: desde a década de 30, por ordem pessoal de Stálin, iniciou-se um processo de infiltração sistemático na Igreja com a intenção de a implodir, com as participações de comunistas, maçônicos, outras sociedades secretas anti Igreja-Cristo e protestantes, dentre mais; o esquema foi denunciado por 2 agentes comunistas arrependidos ou dissidentes: Bella Dodd e Yuri Bezmenov, os quais relataram todo o processo de infiltração, hostilização e tentativa do acima.
E subverteram altos membros da Igreja trabalhando pró comunismo-ateísmo internacional, como o relatado caso do bispo de Kiev, agente da KGB.
A própria Teologia da Libertação foi uma das tramas dos comunistas para prejudicar a Igreja; note que seus membros têem elos com o PT ou outros comunistas e ajudaram, por subversão à heresia relativista a muitos leigos; sem dúvida a ascensão do Lula-PT ao poder e mantenimento da comunização do país, mesmo outros na A Latina em que se infiltraram com essa heresia atraente, falsa amiga dos pobres.
Seus defensores e propagadores são agentes comunistas travestidos de clérigos ou leigos.
Lembra-se de "A fumaça de Satanás entrou nas frestas da Igreja, de S Padre paulo VI? Refere-se a tais traidores internos...
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