Da direita para a esquerda: Sr. Lucas Silva, Sr. Alessandro Mendes,
Sr. João Júnior (presidente da SSVM), Sua Alteza Dom Bertrand,
Sr. Fábio Ribeiro, Sr. Renato Diniz e por fim o Sr. Helmer Souza.
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Entrevista com o príncipe herdeiro, de segunda ordem, do
trono da família Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança. Ele, com robusta fé católica, teve a gentileza de conceder algumas palavras aos membros e amigos da Sociedade da Santíssima Virgem Maria - SSVM, em fevereiro de 2013 num encontro em São Bernardo do Campo. É com satisfação que as publicamos abaixo.
SSVM: Dom Bertrand, que mensagem o Senhor daria a tantos jovens pelo Brasil que apesar das grandes dificuldades têm a ousadia de levantar a bandeira da tradição e defender a fé católica?
DOM BERTRAND: Em primeiro lugar, o que tenho a dizer é que devem estar
compenetrados de que somos católicos militantes. Existe a Igreja triunfante que
são as almas que estão no céu, a Igreja padecente que são as almas que estão no
purgatório, e a Igreja militante que somos nós. Militante vem de Mile (militar), porque somos guerreiros
de Cristo, soldados da Santíssima Virgem. Então, devemos ter uma vida coerente
com nossa Fé.
Em toda a nossa formação, nós devemos estar compenetrados, antes de qualquer
coisa, de que somos católicos. Portanto, uma pessoa que estuda o Direito, deve
se formar para ser um "católico advogado" e não apenas um advogado que, por
acaso, é católico. Se estudar Medicina, deverá ser um católico que é médico e
não um médico católico. A primeira coisa é o dever de ser católico; e católico
militante. Ela deve estar compenetrada de que existe e foi criada por Deus para conhecê-Lo, amá-Lo e servi-Lo.
Nós temos que conhecer a Doutrina Católica, amar a Doutrina Católica. Conhecer o Catecismo, as Escrituras, a devoção à Virgem. Quanto mais a gente conhece, mais a gente ama. E o “servir” para nós é, podemos dizer, um “combater”. Porque estamos num período histórico muito complexo, grave. Vemos que, da parte dos inimigos da fé, existe uma agenda para destruir a Igreja Católica e destruir a influência desta na sociedade temporal. Imaginem que o Brasil fosse invadido por inimigos, digamos, os argentinos (não são nossos inimigos, mas imaginem como se fossem), ou que houvesse um país que fosse nosso vizinho e comunista e invadisse o Brasil; então, se compreenderia que todos pegassem em armas em razão da defesa da vida e da pátria. Por muito mais razão, isso se explica quanto à defesa da Igreja Católica. E hoje não temos uma invasão armada, mas temos uma invasão ideológica dos inimigos da fé, dos inimigos da Igreja Católica, dos inimigos do Brasil autêntico e cristão. A razão de ser de nossa existência deve ser o combate em defesa de Deus, Nosso Senhor, da Santa Igreja e do Brasil católico. Esta é minha principal mensagem à juventude.
Príncipe Dom Bertrand de Orleans |
Nós temos que conhecer a Doutrina Católica, amar a Doutrina Católica. Conhecer o Catecismo, as Escrituras, a devoção à Virgem. Quanto mais a gente conhece, mais a gente ama. E o “servir” para nós é, podemos dizer, um “combater”. Porque estamos num período histórico muito complexo, grave. Vemos que, da parte dos inimigos da fé, existe uma agenda para destruir a Igreja Católica e destruir a influência desta na sociedade temporal. Imaginem que o Brasil fosse invadido por inimigos, digamos, os argentinos (não são nossos inimigos, mas imaginem como se fossem), ou que houvesse um país que fosse nosso vizinho e comunista e invadisse o Brasil; então, se compreenderia que todos pegassem em armas em razão da defesa da vida e da pátria. Por muito mais razão, isso se explica quanto à defesa da Igreja Católica. E hoje não temos uma invasão armada, mas temos uma invasão ideológica dos inimigos da fé, dos inimigos da Igreja Católica, dos inimigos do Brasil autêntico e cristão. A razão de ser de nossa existência deve ser o combate em defesa de Deus, Nosso Senhor, da Santa Igreja e do Brasil católico. Esta é minha principal mensagem à juventude.
SSVM: Hoje temos muitos
jovens universitários assustados com o esquerdismo e o anticlericalismo reinante no meio acadêmico. O que estes jovens devem fazer? Qual deve ser a atitude “contra-revolucionária”* nesses meios?
DOM BERTRAND: Posso relatar um fato de minha vida: Eu, quando estudei na
faculdade de Direito, o Brasil já estava dominado por um regime praticamente
comunista (que era João Goulart). Quando entrei na faculdade éramos quatro colegas católicos militantes; e tinha todo o resto aparentemente contra nós. Em dado momento um
dos líderes do grupo socialista na faculdade percebeu que nós estávamos lá,
fazendo apostolado, e veio nos desafiar: “E
vocês não percebem que todos estão contra vocês? O que pretendem fazer?”
Resposta: “Espere e verás...”. Nós
começamos a fazer apostolado com a turma e previmos que nem todos eram
comunistas; muitos eram “Maria vai com as outras” e muitos outros não tinham
uma posição tomada. Nós fomos pegando nos pontos fracos dos comunistas e
enfrentando-os com discussões aguerridas (com cabeça erguida). O fato é que aos poucos íamos
desmascarando os comunistas. Na medida em que o fazíamos, íamos cristalizando esta maioria silenciosa e despertando-a para o bem. O fato é que, quando entramos na faculdade éramos quatro; quando saímos, dominávamos a faculdade. Daí, ficamos conhecidos como “o grupo do Príncipe que marcou”.
Durante muito tempo depois, aproximadamente dez anos, a direita passou a dominar
a faculdade que cursávamos tornando-se a mais politizada do Brasil.
Brasão da Casa Imperial do Brasil |
Nós temos a nosso favor algo que é inestimável: a Graça
de Deus. Nós temos a proteção de Deus, Nosso Senhor; a proteção da Santíssima
Virgem; a proteção de toda a legião de anjos e santos da corte celeste. (...).
Nós temos ao nosso lado a verdade revelada que é a religião católica. Não estou
dizendo que somos os donos da verdade; quem é dono da verdade é a Igreja
Católica e nós estamos a serviço da Igreja Católica, da fé católica, de Deus Nosso
Senhor. Daí, a nossa posição ideológica é inexpugnável, ela é irrefutável e o
inimigo sente isso. Nossa discussão prevaleceu na faculdade de Direito sobre os
líderes mais ideologizados da esquerda na base da discussão. E aí,
os indecisos, aos poucos vão tomando uma posição conservadora...
SSVM: Como Vossa Alteza disse, nós temos a proteção de Nossa Senhora. Em Montes Claros-MG, existe a Sociedade da Santíssima Virgem Maria - SSVM; o senhor poderia nos falar sobre a importância da devoção à Mãe de Deus?
"(...) ou nós somos escravos de
Deus por meio da Virgem ou
somos escravos de Satanás."
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SSVM: Dom Bertrand, muito obrigado por suas palavras sempre edificantes. Certamente os que lerem nossa entrevista irão sentir-se reinflamados com esta mensagem que nos lança à frente na batalha pela Igreja e contra a Revolução.
DOM BERTRAND: Que nossa Senhora os ajude, os abençoe, os proteja e tenham uma
boa tarde! E, combatam na certeza de que estamos num combate no qual nós temos
as “cartas marcadas”. Porque Nossa Senhora já determinou que a Verdade vai
vencer. Ela prometeu em Fátima que no final Seu Imaculado Coração
triunfará!
*Os termos revolução e contra-revolução são aqui usados no sentido que Plínio Correa de Oliveira dá aos mesmos no seu livro "Revolução e Contra- Revolução": OLIVEIRA, Plínio C. de. Revolução e Contra-Revolução, SP: Artpress, 2009. 166 pág.
*Os termos revolução e contra-revolução são aqui usados no sentido que Plínio Correa de Oliveira dá aos mesmos no seu livro "Revolução e Contra- Revolução": OLIVEIRA, Plínio C. de. Revolução e Contra-Revolução, SP: Artpress, 2009. 166 pág.
MARIA SEMPRE!
2 comentários:
Grandiosas palavras, anima a nossa fé e nos leva a uma reflexão animada e corajosa. Deus abençoe o Príncipe e o pessoal da SSVM.
Caríssimo Davidson, Obrigado por suas palavras e que Deus lhe abençoe!
Maria Sempre!
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