“Sereis
odiados por causa de meu nome.”
(Mt.10,22)
“Eis
que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos.”
(Mt.10,16)
São José de Leonissa (sua cidade de origem
na região do Lázio) nasceu na Itália, aos 8 de janeiro de 1556. Desde cedo
fatos extraordinários manifestaram a singularidade daquela criança. Certa vez,
sua mãe, adormecendo sobre ele ainda bebê, foi subitamente despertada por mão
invisível que salvara da morte iminente. Noutra ocasião, quando o menino
chorava, sua mãe presenciou o berço agitar-se docemente, como que embalado por
misterioso anjo.
Em 1572 ingressou na Ordem dos Capuchinhos.
Desde então, perde seu nome de batismo, Eufrânio, e passa a chamar-se Frei
Giuseppe da Leonessa (Frei José de Leonissa). Em 24 de setembro de 1580 é
ordenado sacerdote na cidade de Amélia; e, em 21 de maio de 1581 recebe a
faculdade de Pregador. Torna-se,
deste modo, missionário aos 26 anos de idade. Seria conhecido desde então como
incansável e destemido pregador do Evangelho.
Em 1587 recebe de seu superior capuchinho a
permissão para agregar-se à Missão de
Constantinopla, onde poderia pregar entre bárbaros e infiéis. Durante a
longa viagem, faltaram alimentos para a tripulação do barco onde viajava.
Tocado pelo desespero dos marinheiros, Frei José benzeu alguns poucos pães e o
alimento bastou para todo o período da travessia. Iniciava-se deste modo seu
apostolado que seria marcado por verdadeiros prodígios sobrenaturais.
“Devido
a uma peste de que foram vítimas o superior e outros frades da missão de
Constantinopla, Frei José de Leonissa foi nomeado superior e, desafiando o
perigo, entrou a pregar o Evangelho aos muçulmanos. Pela coragem de afrontar o
edito do Sultão Murad III, foi
condenado à Pena do gancho – consistia
em ser a vítima pendurada em dois ganchos presos ao patíbulo por uma das mãos e
um pé. Frei José ficou pendurado sobre uma fogueira com lenha e palha
umedecidos, cujo calor o faria morrer em terríveis convulsões. Porém, ao
terceiro dia, foi libertado milagrosamente por um anjo.” (Cf. RESENDE,
Henrique. São José de Leonissa. Pg.
5).
Em 1612, o missionário adoeceu
violentamente. Nessa ocasião, em vez de quedar-se em sua cama cheio de
lamentações, arrastava-se ate a Igreja para celebrar a Santa Missa. Depois, não conseguindo mais se manter de pé
deslocava-se até à Igreja para comungar o Santíssimo
Sacramento. A doença causava-lhe dores terríveis e tão cruéis que não mais
lhe permitiam repouso. Chegando a hora da morte, o santo de Leonissa disse ao
ouvir soarem os sinos: “Hoje é sábado,
dia consagrado a Nossa Senhora, e sábado morreu o nosso amado São Francisco. Em
um sábado morrerei também eu.” Ao recitar o Oficio divino, como fazia todos
os dias, exclamou: “Deixemos o Ofício;
Deus me chama a si.” Eram 21 horas do dia 4 de fevereiro de 1612. O Frei
José de Leonessa contava 56 anos de idade...
O povo correu em massa para venerar e
recolher relíquias do santo. O barão de
Orsine e os magistrados de Amatrice deliberaram ser o corpo embalsamado e
conduzido em segredo para uma Igreja. Deste modo, pretendiam evitar que os
habitantes de Leonissa tomassem o corpo e levassem o consigo; tamanha a
veneração que lhe manifestavam. Enquanto embalsamavam o corpo, o padre guardião
conseguiu apoderar do coração. Afirmava que os corpos dos santos não precisam
de recursos humanos para se manter, pois o poder divino os preserva da
corrupção. Com efeito, o coração de São José de Leonissa se conserva
milagrosamente intacto desde então. É guardado com grande veneração em precioso
relicário. Queira Deus que, guardando também seu exemplo, possam todos os
cristãos se destacar na defesa da fé católica.
São José de Leonissa, rogai por nós.
Maria Sempre!
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