domingo, 3 de maio de 2015

MATRIMÔNIO E CELIBATO:REFLEXÃO


O  matrimônio e o celibatos são abençoados por Deus através da Igreja Católica

Por editores do blog


Joviniano - Herege do fim do séc. IV
TESE. A Igreja Católica afirma como uma verdade que o estado de celibato é mais excelente que o matrimonial 

“937. Explicação. – Entendemos por estado de celibato, não o simples facto de não contrair matrimônio, mas a razão de o deixar para melhor praticar a virtude. Afirmamos que é mais excelente e perfeito esse gênero de vida, comparado com o matrimonial, prescindindo do facto concreto se é preferível para muitos o casar-se e de que muitos casados sejam mais perfeitos.

938. Adversários. - Joviniano [1] no século IV, os protestantes e muitos modernos que não sentem em uníssono com a Igreja.

† † 
_________________________________________________________________________

Katharina Von Bora (1499-1552)
Freira apóstata que veio a ser
esposa de Martinho Lutero
Para Martinho Lutero (1483-1546), fundador do protestantismo - o qual abandonara seu voto de celibato para casar-se com um freira apóstata, Katharina Von Bora (1499-1552) - o matrimônio, ainda que seja o estado mais comum, é mais nobre que o celibato. Segundo ele, o casamento é cem vezes mais nobre que o próprio estado monástico. Para Lutero, o celibato seria uma “peste”, mesmo diante da evidente postura de São Paulo a respeito da superioridade da virgindade em relação ao casamento. Todavia, jamais combateu a virgindade em sí mesma. “No principio ele considerava a virgindade superior ao matrimônio; depois considerou-os iguais e, por fim, pôs o matrimônio acima da virgindade. Todavia, em certo sentido, ele conservou sentimentos de monge, até o fim, pois em 1540 louvava ainda a virgindade como descida do céu, como uma joia de ouro, como um adorno precioso.” 


FONTE: BARTMANN, Bernardo.Teologia Dogmática. VOL. III - Sacramentos e Escatologia.SP: Paulinas,1964; p.393 e 401 
_______________________________________________________________________

† † 

QUAIS PROVAS PODEM SER APRESENTADAS EM FAVOR DA TESE CATÓLICA?

939. A) Tradição. – ‘Se alguém disser que é preferível o estado matrimonial ao de virgindade ou de celibato, e que não é melhor e mais ditoso permanecer no estado de virgindade ou de celibato do que unir-se em matrimônio, seja anátema.’[2]

940. B) Escritura. – 1. Tendo Jesus dito aos Apóstolos que o matrimônio é indissolúvel retorquiram-lhe estes: ‘Se é assim... é preferível não casar. Respondeu-lhes Jesus: Nem todos compreendem esta palavra, mas só aqueles a quem Deus o dá a entender. Há quem voluntariamente renuncia ao matrimônio (eunucos) para conseguir o reino dos céus. Quem for capaz de compreender, compreenda’ (Mateus 19,10 ss). Portanto, segundo este testemunho de Cristo abster-se do matrimônio pelo reino dos céus é um favor ou graça de Deus.

São Jerônimo (347 - 420)
Defendeu contra Joviniano
a superioridade do celibato.
2. Se ‘estais sem mulher, não procures tê-la. Se a tomas, não pecaste... Quem liga pelo matrimônio a virgem que está a seu cuidado procede bem, mas quem a não ligar procede melhor.’(I Coríntios 7,27,28 e 38)

3. Diz São João no Apocalipse que no céu ‘as almas virgens seguem o Cordeiro para toda parte e cantam um cântico que só elas podem cantar’ (Apocalipse 14,3-4).

Quer a palavra virgens signifique o que por ela entendemos correntemente quer signifique os que não se afastaram do verdadeiro Deus, nem da sua doutrina como se entendem algumas vezes na Escritura, o que é certo é que a virgindade é preferida ao matrimônio, visto que se apresenta, mesmo no segundo caso, como modelo de fidelidade a Deus.”

FONTE: BUJANDA, J. Manual de Teologia Dogmática. Trad. Dionísio de O., SJ. 3º Ed. Porto: Apost. da Imprensa, 1958; p. 574-575


MARIA SEMPRE!


[1] Monge italiano que, cerca de 388, ensinou em Roma, depois em Milão, morrendo em 412. Ele abandonou a vida monástica e defendeu contra São Jerônimo, o que mais tarde os protestantes diriam: Que a virgindade não é superior ao matrimônio. 

[2] Concilio de Trento, ses.24,cân.10.D.981. (A expressão “seja anátema” costuma ser usada quando se pretende indicar uma doutrina como herética. Essa expressão ou fórmula, no entanto, não é usada tão somente para condenar uma doutrina como herética ou oposta à revelação, mas também para punir com a excomunhão a inobservância de algum preceito, ou até de algum erro teológico que pode não ser heresia.)

Nenhum comentário: