terça-feira, 7 de dezembro de 2010

SANTA MADALENA DE CANOSSA



Por Prof. Pedro M. da Cruz

“Estando eu em oração diante do Santíssimo Sacramento vi, de repente e sem pensar Jesus Cristo Crucificado, todo coberto de chagas e de sangue...” (S. Madalena de Canossa.)

“Enquanto recebia a Sagrada Comunhão, fui assaltada por um ímpeto de amor tão repentino – que não sei explicar.”
(S. Madalena de C.)

“Senti um desejo tão forte de morrer e do Paraíso que não sabia o que fazer para não o pedir.” (S. Madalena)


Santa Madalena de Canossa (1774 – 1835), marquesa e fundadora das filhas e filhos da Caridade, foi grandemente favorecida por Deus com muitos dons sobrenaturais (como o de Clarividência, por exemplo). Teve uma vida incansável, e amou a Igreja até as últimas fibras de sua alma.

Poderíamos relatar muitos fatos interessantes ocorridos a esta mulher extraordinária, porém, para elevar e entreter nossos amigos tomemos apenas alguns.

A Oração era para Santa Madalena de Canossa o tempo mais precioso de sua vida. Era o encontro marcado com seu Deus, o encontro com o Amado, o encontro com o seu Tudo.

Conta-nos Luiza Navoni (uma testemunha indireta das muitas experiências místicas ocorridas a Santa Madalena) que, estando a Marquesa rezando em Veneza, Isabel Olivo a viu tão imóvel, com os olhos fixos no Crucifixo, ajoelhada no chão, que ela (Isabel) passou muitas vezes em sua frente, sem que a marquesa se desse conta.

Sabe-se que este fato era muito comum entre os que conheciam Santa Madalena de Canossa, pois, de fato, Deus a havia favorecida com graças extraordinárias.

Outra testemunha (agora, direta), Ana Rizzi, relata: “Certo dia, antes de entrar no Instituto, eu me encontrava diante de uma imagem de Maria, em Veneza, no convento de Santa Luzia. Lá, vi a marquesa com o rosto iluminado e com os olhos fixos nessa imagem. Chamei-a, a sacudi para ver se sentia, porém, foi tudo em vão, porque nada sentia. Quando voltou a si começou a rir. Eu queria fazer-lhe perguntas sobre isso, mas não consegui tirar-lhe nada, porque levou-me a caminhar e tudo fez para me fazer esquecer o que havia visto, de modo que não tive mais coragem de tocar no assunto.”

Para alguns, Deus concede essas graças particulares, porém, elas não são necessárias para santificação. O que santifica é nossa gradativa identificação com a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Poderíamos até afirmar, com toda certeza, que santo é aquele que cumpre a vontade de Deus, a pesar de todos os sofrimentos.

A Marquesa Madalena de Canossa cumpriu a vontade de Deus, identificou-se com Cristo sob o manto Virginal de Maria Santíssima, por isso, foi Santa. Admiremos, entretanto, essas e muitas outras graças, que o Bom Deus, quiçá para “elevar-nos”, concedeu a seus amigos bem amados, alguns, até muito indignos das mesmas.

(Os relatos acima foram retirados dos comentários presentes na obra citada)

Bibliografia:

POLLONARA, Elda. Madalena de Canossa, Memórias. Trad. Cecília Maríngolo. Roma, 1990. 448 pgs.

Um comentário:

Anônimo disse...

As irmãs Canossianas que conheci em Brisbane, Austrália, são testemunhas vivas desse amor ardente ao serviço em prol do amor a Cristo e à vida de oração!