quarta-feira, 14 de outubro de 2015

IDEOLOGIA DE GÊNERO vs. BIOLOGIA

A biologia supera os argumentos falaciosos da ideologia de gênero

Postado por editores do Blog

Segue abaixo interessante reflexão do filósofo e escritor José Ramón Ayllón a respeito dos conflitos entre uma Ideologia esquerdista (que se quer sobrepor tanto à natureza quanto a legítima Tradição) e a Biologia (com suas regras e leis instituídas pelo Criador). Num mundo onde tantos homens pretendem entronizar a liberdade desvinculada da razão e da verdade, serão bem vindas as palavras do autor que insiste em defender o que desde sempre foi ensinado e comprovado pela observação mais elementar: “Pode-se opinar o que se queira, mas o que opinemos é irrelevante quando é a biologia que tem a última palavra.” 

Desejamos sinceramente que as palavras do autor auxiliem aos amigos da Sociedade da Santíssima Virgem Maria - SSVM, assim como a todos os visitantes de nosso Blog, em suas lutas pela defesa da Fé e da Moral Católicas. Mãe do Bom Conselho! Rogai por nós! 

IDEOLOGIA CONTRA A BIOLOGIA 

“Por um elementar respeito pela linguagem sobre o qual se fundamenta a possibilidade de comunicação inteligente, a humanidade tem costumado chamar pão ao pão e vinho ao vinho, e matrimônio à união conjugal de um homem e uma mulher. Também é verdade que sempre existiram Quixotes que chamaram gigantes aos moinhos, castelos às estalagens e castas donzelas às moçoilas de aldeia. 

Hoje, uma moderna escola quixotesca, conhecida como ideologia de gênero, empenha-se em chamar matrimônio a outras ligações, contradizendo a evidência mais irrefutável; dizem que essas combinações poderiam gerar filhos se fosse possível fecundá-las, mas que a biologia lhes nega essa possibilidade. A obsessão da ideologia de gênero é talvez o último cartucho da luta de classes marxista, disparado pelo lobby cor-de-rosa. 

A citada escola quer fazer-nos acreditar que o matrimônio é pura convenção, regulada pelo Direito para dar um verniz de honorabilidade às relações sexuais estáveis entre adultos de diferentes sexos. Mas a verdade é que, em todos os tempos e em todos os lugares – desde os homens da caverna de Altamira até o século XXI - se protegeu essa união por estar diretamente associada à origem da vida e à sobrevivência da espécie, por ser a instituição que nos traz mais riqueza humana, laços de solidariedade e qualidade de vida. 

Família: União estável e fecunda
entre homem e mulher
A introdução artificial – por reprodução assistida ou adoção – de uma criança na casa de duas pessoas do mesmo sexo não converte essas pessoas em casadas nem os três em família. Dois homens podem ser bons pais, mas nunca serão uma mãe, nem boa nem má; duas mulheres podem ser duas boas mães, mas nunca serão um pai, nem bom nem mau. “Não desejo a nenhuma criança o que não desejei para mim mesma”, diz a psicóloga Alejandra Vallejo-Nágera: “Gosto, sempre gostei, de ter um pai e uma mãe. Qualquer outra combinação de progenitores parece-me incompleta e imperfeita”. 

Mais do que um tema jurídico ou religioso, mais do que uma questão de tolerância ou liberdade, mais do que um assunto progressista ou retrógrado, estamos diante de um problema basicamente biológico. Pode-se opinar o que se queira, mas o que opinemos é irrelevante quando é a biologia que tem a última palavra. 

Apesar disso, a ideologia de gênero - tão amiga da quadratura do círculo - diz-nos que a sexualidade masculina e feminina é opcional, não determinada pela condição biológica do homem e da mulher. Por isso, ao atribuir à liberdade um poder que não tem, ao confrontá-la tão violentamente com a biologia, torna inevitáveis sérios conflitos, morais e psicológicos, dos quais não se livram as possíveis crianças adotadas. 

A Associação Mundial de Psiquiatria sublinhou que uma criança ‘paternizada’ por um casal de homens entrará necessariamente em conflito com as outras crianças, comportar-se-á psicologicamente como uma criança em luta constante com o seu ambiente e com os outros, incubará frustração e agressividade. 

Que caminho percorreu o feminismo até chegar à ideologia de gênero? A pretensão do primeiro feminismo – nos tempos da Revolução francesa – foi legítima e positiva: a equiparação de direitos entre homem e mulher. Mas aos direitos seguiram-se as funções, e o feminismo começou a exigir a eliminação da tradicional distribuição de papéis, considerada como um arbítrio. Assim se chegou a rejeitar a maternidade, o casamento e a família. 

Simone de Beauvoir (1908 - 1986)
Encontramos na base desta nova pretensão as ideias de Simone de Beauvoir, publicadas em 1949 no seu revolucionário livro ‘O segundo sexo’. Beauvoir previne contra a ‘trapaça da maternidade’, anima a mulher a libertar-se dos ‘grilhões da sua natureza’ e recomenda que se passe a educação dos filhos para a sociedade, que se fomentem as relações lésbicas e a prática do aborto. 

Hoje, os promotores do feminismo radical de gênero lutam pelo
triunfo de novos modelos de família, educação e relações, em que o masculino e o feminino estejam abertos a todas as opções possíveis. Nos livros de texto de alguns países sobre a disciplina ‘Educação para a Cidadania’, não se fala em nenhum caso da verdade, nem do bem, nem da consciência; em pouquíssimas ocasiões se fala em família e dos pais. Em contrapartida, reivindica-se em dezenas de lugares a liberdade de orientação afetivo-sexual.” 

FONTE: AYLLÓN, J. Ramón. Mitologias modernas. Trad.: Emérico da Gama – São Paulo: Quadrante, 2011; p. 29-33. (Temas cristãos; 145)



MARIA SEMPRE!


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