sábado, 20 de junho de 2015

INTERESSANTE! HERÁLDICA CATÓLICA

Escudo heráldico pontifício
Basílica Lateranense - Roma

Postado por Paulo Oliveira e Prof. Pedro M. da Cruz
A heráldica é a ciência ou arte dos brasões de armas de famílias, indivíduos e grupos, de suas estruturas e significados. Parece indiscutível que o uso organizado e codificado de símbolos heráldicos apenas se verificou a partir do século XII, como resultado da evolução de símbolos e marcas de posse muito mais antigas. Seu uso já se verificava nos inícios da Idade Média como forma de identidade dos contendores em guerras e também em torneios medievais.[1] Desde o século XIII, regista-se o uso de brasões de armas por parte de mulheres, o que comprova que os mesmos eram já verdadeiros emblemas pessoais, e não uma simples transposição das armas de combate dos cavaleiros.

Cruz de Jerusalém

A cruz de Jerusalém foi o brasão de armas adotado por Godofredo de Bulhão para o Reino Latino de Jerusalém, que existiu por cerca de duzentos anos após a Primeira Cruzada. A cruz maior simboliza a Jesus Cristo, e as quatro cruzes gregas nos cantos os quatro Evangelhos, ou as quatro direções nas quais a Palavra de Cristo se espalhou a partir de Jerusalém. Outra significação seria das cinco cruzes como as cinco chagas de Cristo durante a Paixão.

Águia heráldica 

A águia, símbolo da latinidade e ave de primeira categoria na heráldica, representa a audácia, a firmeza, o vôo para alturas, a força, a grandeza. A águia heráldica apresenta grandes garras e cauda estilizada, posta de frente e com a cabeça voltada para a destra. São João foi cognominado de Águia de Patmos; Bossuet, Águia de Meaux. Símbolo do Sacro Império, a vemos no túmulo de Carlos Magno. O seu uso nos brasões vem desde o séc. XI. 

Flor-de-lis

A flor-de-lis simboliza características ligadas à famílias, pessoas e locais, além de ter sido ela o símbolo da monarquia francesa. Na heráldica, é símbolo de poder e soberania, assim como de pureza de corpo e alma, candura e felicidade. Seu desenho era colocado no manto de reis já na época pré-cruzada. No século XIV começou a ser usada também para representar a Santíssima Trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Serpente ou Biscione medieval
A serpente (ou biscione) é uma figura heráldica medieval adotada como brasão de armas da família Visconti, que deu à Igreja o Papa Beato Gregório X (1210-1276). É o símbolo da prudência, como se depreende das palavras do próprio Cristo (Mt X, 16), assim como da cura (Nm XXI, 9) e da vitalidade redentora do Divino Salvador (Jo III, 14), motivo pelo qual, provavelmente, satanás tenha tentado usurpar para si este símbolo escriturístico.

Leão rampante

O leão é uma das figuras mais empregadas na heráldica, sendo encontrado nos brasões de várias famílias e nas armas de diversos países. A presença do leão na heráldica representa a força, grandeza, coragem e nobreza, virtudes estas tão conformes ao ideal medieval; também caracteriza domínio e proteção, condições que deve ter um superior sobre os subordinados. A figura acima, mostra o chamado  "Leão rampante", sempre em pé e com suas garras e dentes à mostra

Cruz pátea

Cruz Pátea (do francês croix pattée, significando cruz patada), mais do que uma cruz específica, é uma categoria de cruzes caracterizadas por terem pontas mais amplas no seu perímetro do que no centro. Acima, na sua configuração mais conhecida, está representada com as bordas das pontas côncavas. Inicialmente, foi usada pela Ordem dos Cavaleiros Templários na cor vermelha (cruz de goles). É o símbolo do guerreiro cristão.



MARIA SEMPRE!



[1] “O uso de armaduras completas e, muito particularmente, dos elmos que cobriam completamente o rosto tornou necessário um sistema de identificação claro e facilmente visível de longe. Um cavaleiro medieval dentro da sua armadura era virtualmente impossível de distinguir, no calor de uma batalha ou desde a bancada de um torneio, de qualquer outro com uma armadura semelhante; os reis e chefes militares eram difíceis de identificar e seguir; durante um combate, amigos e inimigos confundiam-se. Estes fatores levaram, desde meados do século XII, ao uso de emblemas pessoais pintados nos escudos e elmos e, por vezes, nas roupas do cavaleiro ou na cobertura da montada. Nos torneios, os elmos eram, quase sempre, encimados por uma figura em relevo (frequentemente uma peça do escudo), o timbre, que mais facilitava a identificação dos contendores.” Disponível em: http://www.heraldicaeclesiastica.com.br/introducao/.

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