“Os chefes, os condutores do povo de Deus negligenciaram a oração e a penitência. E o demônio obscureceu suas inteligências." (Das Mensagens das aparições de Nossa Senhora de la Salette)
Presenciei uma situação estranha em certa Missa dominical da arquidiocese de Montes Claros-MG e gostaria de compartilhá-la com nossos leitores. Os nomes serão preservados, óbvio. Todavia, por incrível que pareça, todos concordarão que os fatos são corriqueiros a muitos fiéis católicos deste nosso Brasil, infelizmente.
Reportemo-nos ao fato: durante a Santa Missa, o pároco chama a atenção da assembléia e “denuncia” que muitos fiéis após comungarem vão rezar diante de uma imagem de Maria Santíssima, e, assim, segundo ele, o fariam num momento inoportuno, pois não estariam dando a devida atenção e importância a Jesus Cristo, nosso salvador...
Imagem de Montes Claros-MG |
Interessante que, além da implicância com uma piedade popular que em nada rebaixa a dignidade do Cristo, presente na Eucaristia, o sacerdote faz um julgamento subjetivo, pois, quem disse que ao se ajoelhar diante de uma imagem de Nossa Senhora o fiel estará se esquecendo de Nosso Senhor?
O mesmo padre, inclusive, dá esse recado num momento nada oportuno, antes da comunhão, fazendo quase que “outra homilia” após a oração eucarística. Quanta atenção a Nosso Senhor...
Curioso, ademais, é que vários atos que deveriam ser observados não só por aquele sacerdote como também por 99% dos padres que celebram a Santa Missa no Novus Ordus, não o são durante a sua:
- Não há orientação para os fiéis que recebem a sagrada comunhão na mão para que tomem cuidado afim de não ficarem partículas de hóstia consagrada nas mesmas sem consumi-las.
- Não se faz sequer cinco minutos de silêncio em ação de graças.
- Não há recado para que os fiéis desliguem o celular na Igreja ou mesmo evitem roupas imodestas.
- O Missal quase nunca é seguido, pois a “criatividade” se torna um adereço litúrgico...
E haveriam tantas coisas para citarmos...
Então, fica a pergunta, quem não está dando a devida atenção a Nosso Senhor?
É claro que ser fiel às rubricas na Liturgia não deve tornar-se uma mera questão estética, mas sim refletir em concomitância uma profunda piedade interior. Ser fiel aos preceitos da Igreja é também um modo de manifestar a crença na presença sacramental de Nosso Senhor e de não banalizar o que há de mais sagrado.
Rezemos por nossos sacerdotes. Começou o ano da Fé. Não é por acaso que o Papa Bento XVI o proclama, pois após estes 50 anos de Concilio Vaticano II a fé de muitos religiosos já não é mais a mesma.
Mãe do Bom Conselho, rogai por nós!
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